Alice estava a dormir sossegada no seu quarto, praticamente sem se mexer. A única coisa que denunciava-a era o movimento constante e regular do seu peito, a subir e descer enquanto ela respirava. Eram ainda seis da manhã e o sol estava escondido por baixo da cortina da noite, a espera da sua vez para escapar e trazer o dia para o mundo silencioso.
Apesar de parecer sossegada, Alice estava tudo menos isso. Vivia um pesadelo, um pesadelo horrível escuro do qual não conseguia escapar sozinha. No sonho, a rapariga encontrava-se um labirinto de paredes velhas e esbranquiçadas, cobertas por musgo e outras plantas trepadeiras. O chão era de terra firme, frio como gelo, e ela caminhava descalça, apenas com o vestido com o qual dormia todas as noites. O ar estava repleto de mistério e a brisa era tudo menos confortável, bem como o ambiente que pairava como fumo a volta do labirinto.
Alice caminhava devagar, assustada. Já há mito tempo que não tinha pesadelos mas por algumas razões, aquilo não parecia ser um pesadelo, mas sim a realidade. Sentia que se estava a esquecer de algo, de algo muito importante que a poderia ajudar a sair do labirinto amaldiçoado. Enquanto caminhava, notou algumas diferenças. O chão já não era de terra mas sim de pedra branca, ainda mais fria que anterior. Ao virar de uma esquina, ela parou por momentos, sentindo-se cada vez mais assustada. Aspirando o ar rapidamente, Alice virou a esquina, arrependendo-se logo de tê-lo feito. A sua espera estava um monstro com a cara desfigurada pela sombra e muito, muito pelo por todo o lado. Sem conseguir pronunciar uma palavra, Alice ficou a olhar sem se mexer. Todos os seus músculos estavam congelados, desfeitos, como se nunca existissem e o monstro, ao sentir o medo na rapariga, abriu a sua boca enorme revelando um dentes aguçados, brancos como cal, atirando-se para a rapariga. “Vou morrer” pensou ela. A última coisa que viu foi que o monstro era um Minotauro.
- Não! – gritou Alice, acordando na sua cama.
Olhando a volta, Alice tentou acalmar-se. Ela estava no seu quarto, na casa dos seus pais, protegida. Não existia um labirinto, um monstro, era só imaginação dela. Tentando convencer-se disso, ela levantou-se, só para voltar a sentar-se espantada. Os seus pés estavam sujos de terra. “É só coincidência…” pensou, dando um salto para a casa de banho, tomando um banho de imersão quente para relaxar. Era a única coisa que a conseguia acalmar naquele momento. Falando para si própria, ela convenceu-se de que tudo não passava de um sonho. Mal ela sabia que aquele não era de longe o ultimo sonho que teria acerca do Labirinto.
Eram sete horas e Alice ainda não conseguia adormecer. Apesar de se convencer que o pesadelo foi só isso, pesadelo, ela ainda não conseguia dormir. Estava muito entusiasmada com a viagem que se seguia. No dia anterior, tinha conseguido convencer o William e os seus pais a irem com ela comprar os materiais que necessitava. Pelos vistos, os seus pais não eram autorizados a ir, visto que não eram magos, mas Alice não podia ir sozinha com a Melinda. Assim ficou combinado que os pais do William e ele também vinham, só para garantir que nada de mau acontecesse, não que Alice entendesse o problema.
Depois de brincar um pouco no computador, Alice desligou e desceu para tomar o pequeno-almoço. Apesar da relação entre ela e os seus pais ainda não ter voltado ao normal, já estavam melhor.
Lily preparava o pequeno-almoço para todos. Irritava-a o facto de não puder ir com a Alice comprar tudo o que esta necessitava, mas não podia dizer nada contra os argumentos da Miranda e do William. "Eles são tão irritantes... agora que me lembro... a Kate também era assim..."Suspirando, ela continuo a preparar o pequeno-almoço.
- Alice! Desce. Tens que te despachar! - gritou, esperando que a rapariga já se tivesse levantado. O que não estava a espera era que ela estivesse mesmo ao seu lado.
- Não é necessário gritar... - declarou, sobressaltando-a - Já estou aqui
Apesar de parecer sossegada, Alice estava tudo menos isso. Vivia um pesadelo, um pesadelo horrível escuro do qual não conseguia escapar sozinha. No sonho, a rapariga encontrava-se um labirinto de paredes velhas e esbranquiçadas, cobertas por musgo e outras plantas trepadeiras. O chão era de terra firme, frio como gelo, e ela caminhava descalça, apenas com o vestido com o qual dormia todas as noites. O ar estava repleto de mistério e a brisa era tudo menos confortável, bem como o ambiente que pairava como fumo a volta do labirinto.
Alice caminhava devagar, assustada. Já há mito tempo que não tinha pesadelos mas por algumas razões, aquilo não parecia ser um pesadelo, mas sim a realidade. Sentia que se estava a esquecer de algo, de algo muito importante que a poderia ajudar a sair do labirinto amaldiçoado. Enquanto caminhava, notou algumas diferenças. O chão já não era de terra mas sim de pedra branca, ainda mais fria que anterior. Ao virar de uma esquina, ela parou por momentos, sentindo-se cada vez mais assustada. Aspirando o ar rapidamente, Alice virou a esquina, arrependendo-se logo de tê-lo feito. A sua espera estava um monstro com a cara desfigurada pela sombra e muito, muito pelo por todo o lado. Sem conseguir pronunciar uma palavra, Alice ficou a olhar sem se mexer. Todos os seus músculos estavam congelados, desfeitos, como se nunca existissem e o monstro, ao sentir o medo na rapariga, abriu a sua boca enorme revelando um dentes aguçados, brancos como cal, atirando-se para a rapariga. “Vou morrer” pensou ela. A última coisa que viu foi que o monstro era um Minotauro.
- Não! – gritou Alice, acordando na sua cama.
Olhando a volta, Alice tentou acalmar-se. Ela estava no seu quarto, na casa dos seus pais, protegida. Não existia um labirinto, um monstro, era só imaginação dela. Tentando convencer-se disso, ela levantou-se, só para voltar a sentar-se espantada. Os seus pés estavam sujos de terra. “É só coincidência…” pensou, dando um salto para a casa de banho, tomando um banho de imersão quente para relaxar. Era a única coisa que a conseguia acalmar naquele momento. Falando para si própria, ela convenceu-se de que tudo não passava de um sonho. Mal ela sabia que aquele não era de longe o ultimo sonho que teria acerca do Labirinto.
Eram sete horas e Alice ainda não conseguia adormecer. Apesar de se convencer que o pesadelo foi só isso, pesadelo, ela ainda não conseguia dormir. Estava muito entusiasmada com a viagem que se seguia. No dia anterior, tinha conseguido convencer o William e os seus pais a irem com ela comprar os materiais que necessitava. Pelos vistos, os seus pais não eram autorizados a ir, visto que não eram magos, mas Alice não podia ir sozinha com a Melinda. Assim ficou combinado que os pais do William e ele também vinham, só para garantir que nada de mau acontecesse, não que Alice entendesse o problema.
Depois de brincar um pouco no computador, Alice desligou e desceu para tomar o pequeno-almoço. Apesar da relação entre ela e os seus pais ainda não ter voltado ao normal, já estavam melhor.
Lily preparava o pequeno-almoço para todos. Irritava-a o facto de não puder ir com a Alice comprar tudo o que esta necessitava, mas não podia dizer nada contra os argumentos da Miranda e do William. "Eles são tão irritantes... agora que me lembro... a Kate também era assim..."Suspirando, ela continuo a preparar o pequeno-almoço.
- Alice! Desce. Tens que te despachar! - gritou, esperando que a rapariga já se tivesse levantado. O que não estava a espera era que ela estivesse mesmo ao seu lado.
- Não é necessário gritar... - declarou, sobressaltando-a - Já estou aqui
Lily demorou alguns segundos a organizar as ideias até recuperar o controlo completo do seu corpo. A ralhar com a rapariga, ela deu-lhe o pequeno-almoço e sentou-se ao seu lado, também comendo devagar. O William vinha busca-la as nove horas e, já sendo oito e meia, Alice tinha cerca de 30 minutos para se preparar. Apesar da Lily ter reparado que o seu cabelo estava um pouco molhado, ela não a interrogou acerca disso. Não queria mais problemas, especialmente naquele momento em que a situação parecia estar a acalmar-se um pouco. “Ainda há coisas que lhe devíamos contar… mas não agora… a Kate não iria autorizar.” Mesmo sabendo que a Kate já não estava neste mudo, a mãe na Alice tinha um incrível respeito pela sua melhor amiga e adorava do fundo do coração. “Ainda não.” Concluiu, suspirando enquanto lavava a loiça. A Alice já tinha ido mudar de roupa para o quarto, deixando a sua mão com os seus pensamentos e a loiça por lavar. Bill e George ainda estavam a dormir, visto que não tinham nenhum compromisso.
Olhando mais uma vez para as horas, Lily contava o tempo que lhe faltava com a Alice, que não era muito. Já no dia seguinte ela iria partir para voltar apenas nas ferias de Verão. Miranda disse que ela poderia voltar durante as Férias de Natal, mas Lily duvidava que ela o fizesse, visto que a razão pela qual ela resolveu ir para a escola foi mesmo a situação em que se encontravam. “Quem me dera que ela fosse minha filha verdadeira…” pensou no momento em que alguém tocou a porta. Olhando para o relógio antes de sair da cozinha, Lily foi abrir a porta. Era o William, que veio buscar a Alice. Os seus pais já estavam no carro, a espera, em como a mulher feiticeira que lhes trouxe a noticia.
Alice desceu as escadas rapidamente, já vestida. Usava uma camisa sem alças azul clara e uns calções escuros. O cabelo vinha apanhado num rabo-de-cavalo e na mão esquerda trazia uma mala pequena na qual tinha a carteira e o telefone.
- Já estou pronta. – disse, meio a correr. – Até logo. – exclamou, dando um beijo na face da mãe e saindo pela porta, seguindo o William que nem se despediu.
- Até logo. – respondeu-lhe, sorrindo.
“Que deus te proteja.”
O William já estava acordado a algumas horas a pensar se deveria ou não ir com a Alice comprar as suas coisas. Não queria deixa-la ir com os seus pais e a Miranda mas também não se queria chegar muito perto a ela. Na escola, teria que a ignorar. Seria o melhor para ela, visto que muitas pessoas não gostavam dos seus pais e tentavam atingi-los através dele, não que resultasse. Mas não era só isso. Desde que eram crianças ele tentava manter-se afastado dela. “Ela é diferente de mim…” pensava, mantendo a distância. Havia algo nela que atraía as pessoas, não importa o que elas eram, o que metia-a muitas vezes em sarilhos. “Tenho que ir…” concluiu, olhando para o quarto dela. Foi um choque quando a luz se acendeu. Eram apenas seis horas da manhã e Alice detestava acordar cedo. “Será que teve um pesadelo?” interrogou-se, pensando em telefonar-lhe quando a luz desapareceu. Ainda mais confuso, William ficou um pouco a olhar para a janela, só dando-se conta do tempo quando o seu alarme tocou. Rindo-se de si próprio, ele levantou-se e foi para baixo, onde os seus pais já o esperavam, prontos para todo, como sempre.
Alice não sabia o que dizer enquanto ia sentada no carro dos pais do William, a olhar pela janela. William estava sentado ao seu lado e os seus pais a frente, calados. “Não devia dizer algo…?” Meditando no assunto, ela decidiu não fazer. Por alguma razão, a mãe do William estava a mandar-lhe uns olhares assassinos. Apesar disso, tinha que admitir que os dois eram incrivelmente bonitos, tanto a mãe como o pai. O William era a copia exata do seu pai, mas o segundo era mais alto e tinha um ar nobre e serio, de quem está habituado a dar ordens. A mãe também tinha o mesmo ar mas os seus cabelos eram longos e encaracolados, tendo uma cor castanha clara, perto do loiro. Os olhos também eram diferentes dos do William. Em vez do verdes, os seus olhos eram um castanho muito claro, quase amarelo, tal como os dos gatos. Suspirando baixinho, Alice notou que o pai do William a tinha ouvido e que a observava. Corando um pouco, Alice sorriu e viu que o seu sorriso foi retribuído.
William que estava a observar tudo sorriu também. Parecia que o seu pai tinha a aceito, não que ele entendesse porque. Por outro lado, a sua mãe parecia ter algo contra ela. “Mas ela só a conheceu hoje…” pensou, recordando a breve troca de palavras que tiveram antes enquanto faziam a introdução.
- Então Alice. Já sabes o que precisas de comprar? – interrogou o seu pai, fazendo conversa. – Se precisares de ajuda, pergunta ao William. Ele já comprou as suas e não existem nenhumas diferenças entre o material que tu e ele necessitam.
- Não… Mas obrigada. É isso que vou fazer… - disse Alice, sorrindo mais uma vez. Sentia-se confortável ao pé do pai do William.
E a viagem prosseguiu sem problemas. Mais ninguém falou
Sentia-se confortável ao pé do pai do William.
E a viagem prosseguiu sem problemas.
Já eram nove e meia quando Alice por fim voltou. Bill já nem sabia o que fazer para acalmar a Lily que andava de um lado para outro com o telemóvel na mão apesar se deveria ou não telefonar a policia. Era um ultraje, segundo ela. Tinham combinado que a rapariga telefonaria quando lá chegasse mas não telefonou nem uma vez desde que partiu. “Será que algo lhe aconteceu?” interrogou-se Lily, decidindo que iria telefonar. Foi uma sorte o Bill agarrar no telemóvel a tempo antes desta marcar o número pois no instante seguinte a Alice entrou na sala, com um sorriso, seguida da Miranda que vinha com imensos sacos de compras.
- Peço desculpas por chagar tão atrasada… Estivemos presos no transito… Por alguma razão imensas pessoas resolveram hoje ir de viagem. – justificou-se Alice, falando a sério.
- Sabes como estávamos preocupados? Mas o que é que te passou pela cabeça! Devias ter nós telefonado!
- A Alice não teve nenhuma culpa – defendeu-a Miranda, pousando uma mala no chão – Alice, querida, vai preparar as tuas coisas e vai logo dormir. Amanhã tens que te levantar muito cedo.
A rapariga olhou para a sua mãe. Estava a sentir-se mesmo mal por ter deixado-a preocupada mas na realidade não houve nada que ela pudesse fazer para impedir o resultado. Chegando-se até a mãe, ela deu-lhe um beijo na face e pousou nas suas mãos algo leve e pequeno, saindo a correr da sala com os sacos antes que esta entenda o que era esse objeto. Foi mesmo a tempo que ela fechou a porta mas ainda consegui-o ouvir o grito zangado da Lily.
- Alice!
Lily estava fula. O telemóvel novinho em folha que eles tinham oferecido a Alice como um presente de final de anos estava nas suas mão encharcado e completamente estragado. Respirando profundamente, ela olhou para a Miranda, ficando ainda mais irritada. Afinal, era aquela a razão da Alice não lhe ter telefonado antes. Interrogando-se a quanto tempo é que este estava assim, Lily falou.
- É favor de sair da minha casa.
- O William vem buscar a Alice amanhã as oito. - ela informou, sorrindo e dirigindo-se para a saída.
- Um dia aquela mulher vai paga-las... - afirmou a mãe da Alice, olhando para as escadas. - Boa noite, querida.
Sentia-se confortável ao pé do pai do William.
E a viagem prosseguiu sem problemas.
Já eram nove e meia quando Alice por fim voltou. Bill já nem sabia o que fazer para acalmar a Lily que andava de um lado para outro com o telemóvel na mão apesar se deveria ou não telefonar a policia. Era um ultraje, segundo ela. Tinham combinado que a rapariga telefonaria quando lá chegasse mas não telefonou nem uma vez desde que partiu. “Será que algo lhe aconteceu?” interrogou-se Lily, decidindo que iria telefonar. Foi uma sorte o Bill agarrar no telemóvel a tempo antes desta marcar o número pois no instante seguinte a Alice entrou na sala, com um sorriso, seguida da Miranda que vinha com imensos sacos de compras.
- Peço desculpas por chagar tão atrasada… Estivemos presos no transito… Por alguma razão imensas pessoas resolveram hoje ir de viagem. – justificou-se Alice, falando a sério.
- Sabes como estávamos preocupados? Mas o que é que te passou pela cabeça! Devias ter nós telefonado!
- A Alice não teve nenhuma culpa – defendeu-a Miranda, pousando uma mala no chão – Alice, querida, vai preparar as tuas coisas e vai logo dormir. Amanhã tens que te levantar muito cedo.
A rapariga olhou para a sua mãe. Estava a sentir-se mesmo mal por ter deixado-a preocupada mas na realidade não houve nada que ela pudesse fazer para impedir o resultado. Chegando-se até a mãe, ela deu-lhe um beijo na face e pousou nas suas mãos algo leve e pequeno, saindo a correr da sala com os sacos antes que esta entenda o que era esse objeto. Foi mesmo a tempo que ela fechou a porta mas ainda consegui-o ouvir o grito zangado da Lily.
- Alice!
Lily estava fula. O telemóvel novinho em folha que eles tinham oferecido a Alice como um presente de final de anos estava nas suas mão encharcado e completamente estragado. Respirando profundamente, ela olhou para a Miranda, ficando ainda mais irritada. Afinal, era aquela a razão da Alice não lhe ter telefonado antes. Interrogando-se a quanto tempo é que este estava assim, Lily falou.
- É favor de sair da minha casa.
- O William vem buscar a Alice amanhã as oito. - ela informou, sorrindo e dirigindo-se para a saída.
- Um dia aquela mulher vai paga-las... - afirmou a mãe da Alice, olhando para as escadas. - Boa noite, querida.
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